terça-feira, 16 de novembro de 2010

COMITÊ PRÓ SELO INFORMA: II SEMINÁRIO - O DIREITO DE APRENDER - RECIFE - UNICEF‏


O Direito de Aprender
“Oportunidades e condições diferentes devem ser dadas para que o aprendizado seja um bem comum a todos os alunos, respeitando as particularidades de suas vidas e de suas regiões”. A frase acima, dita pela professora Edla Soares, poderia resumir o cerne do II Seminário O Direito de Aprender, realizado nos dias 09 e 10 de novembro, no Recife, com organização do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

O evento, que teve como base a apresentação de projetos pela defesa da qualidade da educação nos estados de Alagoas, Paraíba e Pernambuco, contou com 255 representantes de 83 municípios participantes do Selo UNICEF. Em dois dias de palestras, parcerias entre o UNICEF e organizações não governamentais no estímulo à educação integral e contextualizada foram apresentadas e celebradas com o lançamento do livro Educação de Qualidade, publicação que marca o trabalho da instituição ao longo de dois anos de monitoramento e avaliação do avanço escolar de 3 mil crianças do Semiárido Nordestino. Os parceiros desse trabalho são: Serviço de Tecnologia Alternativa (SERTA) e a Tempo de Crescer, ambas do estado de Pernambuco; a Casa Pequeno Davi e a Rede Margaridas Pró-crianças (REMAR), na Paraíba; e o Movimento Pró-Desenvolvimento Comunitário, em Alagoas.

A partir da apresentação de programas realizados em diferentes municípios do Nordeste Brasileiro, como o baú de leitura e o Jovens pela Educação e Convivência pelo Semiárido, a valorização da região no processo educativo, com a inserção curricular de pesquisas sobre a realidade social dos alunos e de temas como agroecologia e cultura local, pontuou a discussão de uma política de educação do campo na qual a permanência e o desenvolvimento nas áreas rurais sejam verdadeiramente opções vivenciadas. Junto a esse tema, o monitoramento e a avaliação dos estudantes também tiveram destaque com a defesa da educação integral. Seja na zona rural ou urbana, a existência de fragilidades nas redes sociais dos meninos e meninas, como a pobreza, a desorganização familiar e o preconceito diante de necessidades especiais acabam comprometendo o processo de desenvolvimento e a permanência do aluno na escola. Exemplos de trabalhos para a maior integração escolar e social, através de ações junto a esses meninos e meninas, foram apresentados como fortes ferramentas no aumento da qualidade do aprendizado e na diminuição da evasão escolar. Na ocasião, o UNICEF também disponibilizou o software de monitoramento desenvolvido ao longo do trabalho do Educação de Qualidade.

Para a representante do UNICEF no Brasil, Marie-Pierre Poirier, presente na abertura e nos debates do primeiro dia evento, a importância do Seminário se faz marcante no trabalho pela inclusão de todas as crianças na escola. “Estimular a troca de experiências entre os estados e seus diversos agentes envolvidos aprendizagem é essencial para o avanço da educação”, afirmou. Numa cadeira próxima, Dona Nevinha, de Remígio, sertão da Paraíba, já adiantava um dos resultados do evento. “Tenho interesse em melhorar o acompanhamento dos alunos, o programa de monitoramento desenvolvido me interessa e muito”, disse a professora que dedica a vida trabalhando para inclusão escolar e social de alunos que vivem com alguma deficiência física.

Lucas Cardim/Via Design/Especial para Selo UNICEF

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