Formação e Origem do Nome
Transcorria o século XVII, no ano de 1740, quando índios da tribo Xucuru, que na linguagem indígena quer dizer andarilho, e da tribo Kariri, ambas da nação Tupi, chegaram ao local onde hoje se situa a cidade de Palmeira dos Índios. Ambas fugiam do inimigo comum, o colonizador.
Escolheram um local cercado de Palmeiras, situado entre a Serra da Boa Vista, antes conhecida por Piroa, e o Brejo da Cafurna. A presença dos índios e a existência das Palmeiras justificam sobremaneira o nome da cidade.
Por volta de 1770, surgiu na região um Frade Franciscano, Frei Domingos de São José, que iniciou a catequese dos indígenas e a construção de uma Capela, na terra que lhe foi doada por Dona Maria Pereira Gonçalves e seus filhos, herdeiros legítimos da Sesmaria dos Burgos. O local primitivo da igrejinha é conhecido atualmente por Igreja Velha, se situa num serrote bem próximo ao aldeamento do grupo indígena Xucuru/Kariri, ao norte da cidade.
Com o passar do tempo, Frei Domingos chegou a conclusão de que em decorrência do terreno acidentado na corcova da serra, a povoação não se desenvolveria. Assim, pacientemente, convenceu os aborígenes a construírem uma nova igreja. Desta feita no sopé da serra Boa Vista, para onde se mudaram e onde começou a surgir a povoação que levou o nome de Terra Xucuru.
Assim, Palmeira dos Índios, como inúmeras cidades do Brasil, surgiu de um núcleo de povoação, em terras de uma capela, ou igreja.
A Freguesia do povoado foi criada sob a proteção de Nossa Senhora do Amparo, não se sabendo precisar o exato ano de sua fundação. Para alguns foi em 1789, para outros, 1798.
Por motivos políticos, durante algum tempo a área do município sofreu variações. No dia primeiro de julho de 1835, pela Resolução número 01, Palmeira, que pertencia a Atalaia, foi elevada à categoria de Vila. Mesmo assim essa mudança só foi oficializada em 1838. Houve um retrocesso e novamente, em 04 de maio de 1946 foi rebaixada à categoria de Distrito, só conseguindo sua emancipação em 23 de junho de 1953. Posteriormente, em 20 de agosto de 1889, pela Lei 1092, passou a condição de cidade. Seu primeiro intendente foi o Senhor Luiz Pinto de Andrade, nomeado pelo regime republicano.
Palmeira, com suas terras, contribuiu para a criação de muitos municípios. Em 1966 foi reconhecida como cidade modelo do Estado de Alagoas, tendo em vista suas características progressivas e comprovado espírito comunitário.
Região agrícola, aos poucos foi passando para pecuária e a fruticultura. Existem diversas indústrias de laticínios na cidade. As frutas da região, pinha, graviola, banana e caju são comercializadas para outras regiões do País e para o exterior. Cidade pacata, com um comércio muito ativo, pois atende as cidades circunvizinhas, tem também na prestação de serviços um ponto muito forte.
De acesso fácil – toda malha rodoviária é asfaltada – é muito visitada por pessoas que desejam conhecer um pouco da história do Brasil. Berço de intelectuais famosos, é também muito conhecida pela fruticultura, principalmente a sua pinha, mundialmente famosa e a pecuária.
Sua população é hospitaleira e os índios, ainda existentes nas tribos situadas nas serra que circundam a cidade, comercializam artesanato e, em datas especiais, fazem demonstrações de danças, como por exemplo, o Toré.
Ao vir a esta cidade, o visitante não deve deixar de conhecer os pontos turísticos existentes, como o Museu do Índio, a Casa onde morou o escritor Graciliano Ramos, as centenárias igrejas e as ruas antigas, que fazem parte de um roteiro muito divulgado.
Fonte: SÉRIE PRODER PERFIL SÓCIO - ECONÔMICO
Fotos: Arquivo de Byron Torres
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