quarta-feira, 7 de setembro de 2011

LEITURA ACELERA PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS


8 de setembro é o Dia Mundial da Alfabetização. Nesta data, é importante lembrar a importância da leitura no aprendizado de meninos e meninas

Na próxima quinta-feira, 8, é celebrado o Dia Mundial da Alfabetização. Uma etapa essencial no processo educacional de meninos e meninas em seus primeiros passos no mundo das palavras. Diante de uma temática tão ímpar, é impossível não pensar a respeito da importância da leitura. "É preciso que a leitura seja um ato de amor", estas palavras do educador brasileiro Paulo Freire refletem muito bem este processo necessário para o desenvolvimento psicossocial das crianças e adolescentes.

Através da leitura é que são assimilados conceitos, temas, sentimentos e percepções acerca do mundo. Caminhando pelas palavras, as crianças desenvolvem não só o lado didático, mas também o lúdico com o estímulo imaginário das histórias literárias. Esses primeiros contatos despertam na criança o desejo de concretizar o ato de ler o texto escrito, facilitando o processo de alfabetização. A possibilidade de que essa experiência sensorial ocorra é maior quanto mais frequente for o contato da criança com o livro.

A responsável pela Biblioteca do Professor na Secretaria Municipal de Educação de Aracaju (SEMED), Coordenadora Pedagógica da ONG Leia Brasil em Sergipe, e Membro do Comitê Sergipano do Proler - Programa Nacional de Incentivo à Leitura, Telma Santos, entende a literatura literária como uma ferramenta de suma importância para o processo de alfabetização. “O ideal é que as crianças antes de ler travem contato com os livros, manipule-os, aprecie as ilustrações e interprete o que está vendo. Essa é uma das maneiras mais inteligentes para despertar o gosto pela leitura, sem compromisso, mas acompanhado de pedagogias adequadas, convivência constante com uma diversidade de obras e professores qualificados e conscientes do significado do exercício  da leitura”.
Segundo dados recentes da Prova ABC, promovida pelo movimento Todos Pela Educação por meio de parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Fundação Cesgranrio e o Instituto Paulo Montenegro/Ibope, mais de 40% dos estudantes avaliados não têm o aprendizado em leitura esperado. Eles não dominam bem atividades como localizar informações em um texto ou o tema de uma narrativa. No critério leitura, o desempenho médio dos estudantes foi de 185,5 pontos, considerando que as notas variam de acordo com a rede de ensino e conforme a região do país.
Diante desse quadro, é essencial pensar em formas de atrair as crianças para o universo da leitura, seja em casa, na escola ou mesmo em outros espaços, como as bibliotecas. Em Aracaju, há três bibliotecas que desenvolvem atividades de contação de histórias e desenvolvimento da leitura coletiva, são elas: a Biblioteca Pública Infantil Aglaé Fontes; a Biblioteca Pública Municipal Clodomir Silva e a Biblioteca Pública Municipal Ivone de Meneses Vieira. Estes espaços precisam ser cultivados e estimulados cada vez mais como ambientes de visitação para nossas crianças.

Baú de Leitura – Dentre as alternativas a este processo, o Instituto Recriando desenvolve o projeto ‘Baú de Leitura’, um exemplo do uso da leitura aplicado à alfabetização. Atualmente, o projeto é desenvolvido em dois espaços de atendimento a crianças em situação de vulnerabilidade social do bairro Santa Maria: a Missão Cantinho do Céu e a Casinha de Jesus.

A metodologia foi idealizada pelo Movimento de Organização Comunitária (MOC), instituição não-governamental da Bahia, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e ganhou espaço em diversos municípios sergipanos. Os principais objetivos do projeto são criar oportunidades para o exercício da leitura e, através dela, despertar a autoestima, a criatividade e a sensibilidade.

Com um acervo de 51 exemplares, os baús de leitura são compostos por narrações que traduzem a riqueza da literatura infanto-juvenil, além de dar margem à realização de atividades artístico-pedagógicas, como a contação de histórias, peças teatrais e paródias. Tanto o acervo dos baús como as atividades desenvolvidas em cada encontro serão traçados a partir de três temáticas: identidade pessoal, cultural e local; relação com o meio ambiente, natureza e tecnologia; e a comunidade, família e sociedade.

A metodologia trabalha não só os contos e a literatura, mas a contextualização das estórias com a realidade dos meninos e meninas, criando um ambiente de interação e identificação com o hábito de ler.

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21º. Ano de aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente

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