No primeiro dia da Semana Mundial da Amamentação, a OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou nesta segunda-feira que menos de 40% das crianças menores de seis meses em todo o mundo são alimentadas exclusivamente com leite materno.
De acordo com o órgão, mais de 170 países --incluindo o Brasil - celebram a data em uma tentativa de aumentar os índices. O aleitamento materno exclusivo constitui uma estratégia eficaz na redução da mortalidade infantil entre crianças menores de 5 anos.
De acordo com a diretora-geral assistente da OMS, Flavia Bustreo, a introdução ao leite materno logo nos primeiros dias de vida do bebê, o regime exclusivo nos primeiros seis meses e a permanência do alimento na dieta até pelo menos os 2 anos de idade podem reduzir em um quinto a morte de menores de 5 anos.
Apenas 41% dos bebês menores de 6 meses no país são alimentados exclusivamente com leite materno, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A taxa é semelhante à média mundial, calculada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em menos de 40%, mas é bem abaixo do percentual ideal definido pela organização - entre 90% e 100% das crianças nessa faixa etária.
Neste primeiro dia da Semana Mundial da Amamentação, o Ministério da Saúde informou que a estratégia deste ano será conscientizar a sociedade de que, apesar do aleitamento materno ser um ato natural, o hábito precisa de apoio de todos --família, profissionais de saúde e empregadores, entre outros.
Durante estes 7 dias, de 01 à 07 de agosto de 2011, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, vai lançar o Guia dos Direitos da Gestante, em conjunto com a Unicef (Programa das Nações Unidas para a Infância). A publicação é voltada para a capacitação de agentes multiplicadores com a função de transmitir informações sobre o direito das mães à amamentação.
Um dos Objetivos do Milênio ratificados pelo Brasil é reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a mortalidade infantil entre menores de 5 anos. De acordo com a OMS, o aleitamento materno exclusivo é capaz de diminuir em até um quinto as mortes nessa faixa etária.
Segundo o ministério, o leite materno é tudo o que o bebê precisa até os seis meses. É um alimento de fácil digestão que funciona como vacina, protegendo a criança contra doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias.
Para as mães, a amamentação contribui para a perda de peso após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, reduzindo o risco de hemorragia e de anemia. O aleitamento também diminui as chances de desenvolver diabetes, câncer de mama e de ovário.
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